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Esses dias notei um grupo de moradores de rua reunidos em uma praça da zona oeste de São Paulo. Roupas simples, judiadas e sujas. Em uma mesa providenciada no hall de terra uma única sacola. Talvez um pouco de pão para dividirem mais tarde. Dançaram protegidos pelo teto de folhagens. Um samba simples, letra própria. O músico batucava, um, parado, cantava, outro sentado apreciava e, por fim, o sambista ensaiava.
A cultura e o dom esconderam a tragédia não percebida pelos homens. Não se importavam com as buzinas e roncos das máquinas ou órgãos, estavam poetizando. Para eles, haviam finalmente transformado a vida em vida.
Mais infeliz do que não saber o que é a felicidade, é não perceber a alegria plena nos que sofrem sem sentir.
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