![](https://static.wixstatic.com/media/d68e26_8d81bff38a03403f8ae14b36936fa082~mv2.jpg/v1/fill/w_320,h_240,al_c,q_80,enc_avif,quality_auto/d68e26_8d81bff38a03403f8ae14b36936fa082~mv2.jpg)
Está cada vez mais difícil alimentar-se pelas ruas de São Paulo. Momentaneamente deixo a qualidade das refeições oferecidas pelos estabelecimentos e atenho-me ao ato.
O homem pré-histórico privava a vida dos animais para cevar-se. A atenção era somente no bater do coração da vítima e no roncar estomacal de si próprio.
Hoje acontece a matança humana. Cotoveladas, empurrões, gritos; tudo por causa de uma mesa: o objeto sagrado. É o novo ritual da alimentação. As horas antigas dedicadas à execução tornam-se o tempo de espera pela tão almejada comida. Alimenta-se os nervos; para só assim, em seguida, saciar realmente a fome.
As presas não mais são animais da floresta; são os outros caçadores modernos, os dos objetos venerados.
Comments