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- Oi! Vocês tiram xerox de livros? - Perguntou um rapaz de forma bem tranquila, mas atrapalhada. As sílabas saíam compassadas e davam aflição como torneira aberta respingando. Não parecia ter nem 19 anos. Retirou de sua mochila transversal um livro e, com as mãos suadas e trêmulas, o depositou no balcão.
- Hum... preciso ver se tem direitos "autoriais", senão não posso copiar. - Falou o atendente com ar de superioridade e olhando para baixo. Magro e alto, seus cabelos cacheados combinavam com seu estilo latin lover e com o pequeno pega-rapaz que cruzava-lhe a testa grande.
- Se tem o quê? Falou o menino.
- Dá aqui! - Disse o atendente, puxando do balcão para si o exemplar do "Estudando Catequese". Analisou cuidadosamente as primeiras páginas da obra e não encontrou nada.
- Ah, me fala aí as páginas que precisa que eu tiro.
Xerox de obras impressas, literalmente um pecado.
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