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Um jovem adulto entra na farmácia e dirige-se até o balcão de medicamentos. Espera duas senhoras da prioridade serem atendidas. Chega sua vez:
- Preciso desses remédios - e entrega a receita à farmacêutica.
Ela passa os olhos e os dedos pelos itens, apesar de numerados, era impossível ler sem sua mão.
- Vejamos do que precisa... Losartana potássica, lisinopril, dicloridrato de hidroxizina, mesilato de doxazosina e baclofen. - Parou e encarou a folha na expectativa que surgissem mais itens, como um paramédico ansiando ocorrência.
- Só isso hoje?
- Sim - ele respondeu.
- Olha - ela continuou - tenho alguns genéricos mais em conta que esses: fosfato sódico de predinisolona, tartarato de brimonidina, pantoprazol sódico sesqui-hidratado, esomeprazol magnésico tri-hidratado e olmesartana medoxomila com hidroclorotiazida.
O rapaz só não fez cara de paisagem porque a paisagem praticamente era ele.
Vendo que poderia estar confuso, a atendente, apressada, afinal tinha muitos nomes de remédios novos para decorar, apressou-o:
- Então, o que vai levar?
- Hum... acho que vou querer o João da Silva; tem?
Ela solta um "argh" baixinho, olha pra ele rapidamente, incrédula, e responde:
- Vou ver no sistema, senhor - Apesar de ter dito "senhor", achava ultrajante, pois o "menino", segundo ela, precisaria de muitos "meninos" para ser "senhor".
Alguns minutos passam...
- E então, conseguiu achar? - ele pergunta.
- Quando o nome é assim difícil o sistema tem dificuldade de localizar... senhor.
Mais alguns minutos:
- Tem sim...
Ele logo a interrompe, animado, firmando a convicção da compra:
- Vou levar.
Mais uma interjeição.
- Tem... - ela repete - mas tá em falta.
pois é! quem nunca? kkkkk às vezes é trágico mesmo